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https://www.facebook.com/199961796843117/posts/1927349290771017/ No passado dia 2 de dezembro teve lugar a apresentação do livro Animais - Rimas e Adivinhas, na Fábrica das Histórias em Torres Vedras. Um momento de descontração e partilha, onde não faltou a exposição de algumas telas do ilustrador do livro, Aristides Meneses. O link acima ilustra alguns momentos do evento.
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       Animais — Rimas e Adivinhas de Elisabete Lucas, com ilustrações de Aristides Meneses Informação adicional disponível aqui
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NOVIDADE / JÁ DISPONÍVEL Animais — Rimas e Adivinhas de Elisabete Lucas, com ilustrações de Aristides Meneses Edição: Novembro de 2021 ISBN: 9789729756689 Encadernação: capa dura Interior: a cores Páginas: 56 Segmento: infanto-juvenil PVP: 10 euros Animais e rimas juntam-se aqui em jeito de adivinhas. Cada texto refere-se a um animal diferente, sem nunca revelar o seu nome.  Brincando com as palavras e com os sons, este é um livro para d ivertir e aprender! Para os pequenos leitores. Aquisição de exemplares através de: e-mail: insat.estudos@gmail.com e-mail: elisabete.lucas.writings@gmail.com telefone: 915712993 Envio por correio postal, portes incluídos para Portugal Continental. Cada letra do alfabeto diz respeito a um animal. De A a Z, as crianças encontrarão pistas nas rimas e nas ilustrações (a óleo sobre tela e tinta da China) sobre o animal em causa.  Animais — Rimas e Adivinhas segue o Novo Acordo Ortográfico.

Sabedoria comprada à pressa

Fui à mercearia comprar sabedoria mas a lojista  desconhecia, por assim dizer, o que seria semelhante mercadoria. Tinha pressa na dita ciência pedi à senhora muita urgência mas dei com falta de sapiência somada de clarividência e fiquei sem paciência. A mulher pôs-se a explicar que queria era abrir um bar só sabia de contas de somar pôr música para dançar e estava ali apenas a desenrascar. —  Então   como   faço eu esta equação?, perguntei-lhe eu todo gingão, uma mão agarrada a um sabão a outra a pegar num simples pão, para desviar o receio do raspanete do patrão. —  Se não apareço com o pedido, posso mesmo ser despedido. —  Esteja descansado, está resolvido, disse a moça com ar decidido: volte à empresa com um ar bem bebido. A mim deu-me para rir à gargalhada A ela para explicar a tirada: —  Diga que bebeu sabedoria à desgarrada com o maior sabichão de Almada. Se saí sábio desconheço, mas também não paguei nada.

O mundo em ti

Cabe em ti o mundo, minha mãe colo eterno mãos que curam coração de mar perdão de areia, tudo é imenso em ti. Perco-me e estás lá a buscar-me Alegro-me e deixas-me apreciar o momento Revolto-me e ensinas-me a ganhar sabedoria Fraquejo revejo o que não fiz desisto insisto sonho tento, tantas vezes tento o que nem sempre consigo e tu deixas-me aprender, experimentar cair para levantar ergues-me a cabeça, continuo. Estás em mim, comigo, onde não sufoco me sinto amada liberta segura. Mãe, és um mundo para mim !
No dia em que retomou as rédeas da sua vida, quando o sonho finalmente ganhou forma e corpo, a felicidade pousou-lhe na pele, como uma carícia suave que deixa um rasto de prolongado prazer. Nesse dia, a sua existência pareceu ter-se desligado do passado, como quem se desfaz da inutilidade, ganhando uma vitalidade que há muito não sentia. Foi o abrir de uma porta que estivera encerrada, para de novo deixar entrar o Sol. Tendo-se deixado conduzir por caminhos sem cor, convencido de que o mundo teria escurecido para sempre, descobriu que a luz que procurava afinal estava dentro de si. © Elisabete Lucas

A descoberta da arte

Isabella, louca para uns, excêntrica para outros. Diferente por opção. Desde pequena que se lhe notava uma tendência para fugir da norma. Desprezava a vulgaridade, o seguidismo, o pensamento pequeno que se sente grande por imitação. O seu desejo era apenas o de se conhecer profundamente. Pertencendo a uma família rica, que habitava num palacete em Sintra, estava farta de ser o centro de um mundo que não queria para si. À sua volta a bajulação era uma constante e a falta de sentido perturbadora. Não lhe interessavam as conversas de circunstância, os objectos de circunstância, os amigos de circunstância. Tudo lhe parecia demasiado efémero para poder ser chamado «vida». Ainda jovem, rodeada de amigas para quem viver era frequentar festas, namorar e andar na moda, descobriu que se desconhecia. E ficou apavorada. Vivia num corpo que o espelho reflectia, onde habitava uma estranha. Quando disse, com a frontalidade que lhe era característica, «vou partir à procura de mim», houve quem desconfi