No dia em que retomou as rédeas da sua vida, quando o sonho finalmente ganhou forma e corpo, a felicidade pousou-lhe na pele, como uma carícia suave que deixa um rasto de prolongado prazer. Nesse dia, a sua existência pareceu ter-se desligado do passado, como quem se desfaz da inutilidade, ganhando uma vitalidade que há muito não sentia. Foi o abrir de uma porta que estivera encerrada, para de novo deixar entrar o Sol. Tendo-se deixado conduzir por caminhos sem cor, convencido de que o mundo teria escurecido para sempre, descobriu que a luz que procurava afinal estava dentro de si.
© Elisabete Lucas
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